Meu Sono Final

Vejo o mundo pela última vez

Escrito num prato de meia-lua inverso

Deitado numa cama feito de sonhos perdidos

Eu, na agonia que fica no meu corpo fechado

Peço pela última vez:

"Me enterrem no esquecimento dos puros"

Com a cabeça baixa e as mãos sujas

Me lembro do primeiro-último momento

Onde via o mundo na ponta do abismo

E caia no poço sem fundo

Sinto a morte em minhas mãos

Mas não a controlo, não a liberto, não a julgo

Neste último momento desta vida sem feitos históricos

Deixo a vida na memória daqueles que se fecharam.

Odd Antony
Enviado por Odd Antony em 17/04/2011
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