O barulho de uma palma silencia o vazio da alma

O barulho de uma palma silencia o vazio da alma, emite ruídos destruídos, apartados, desunidos. Quando no coletivo juntam sonidos e assim reconstroem a glória de um ato, isolado na história.

Não há arte sem admiração. Não há verdade sem moderação. Sem aplausos, a autencididade não resiste nem mesmo ao desejo do bis.

Quando o ímpeto invade a personalidade e a transforma em coragem, nem mesmo palavras podem ser soadas. Canetas, pincéis falam, expressam sem mesmo dizer. Movimentos soltos, bruscos, perdidos no ar. Um novo olhar, ao admirar o poetar de reproduzir o nada, representado por tudo.

O domínio do corpo se perde diante do princípio, do novo. E sem saber o que emitir, disparo, atiro contra você minha insanidade já madura.

Quem há de aturar tamanha vocação ao discernimento do que já foi proposto até então?

O inverno nem mesmo começou e já sinto o frio chegando de manso, invadindo o tempo, hibernando fundo no coração.

E o que mais anseio, é ver aqui, descrito, o que nem mesmo se pode ser pensado de um texto mal feito quando a vida já está assim, tão bem definida.