O amor da lua

Chorando pelo boêmio

Pelo cosmos cavalgando,

Pingos prateados derramando,

A lua vai tristonha.

No alazão da noite,

Pingos - Lágrimas de prata -

Cai por sobre a mata,

Sobre a flor risonha.

"Onde estás oh! boêmio?"

Diz em pranto a lua

"Se encondes em que rua

Nesta cidade adormecida?"

A lua ainda não sabe

Que o boêmio plebeu,

Partiu sem canto, sem adeus,

Ontem deixou esta vida.

Finda a noite... amanhece

O galo limpa sua garganta,

Na cerca bate asas, canta

Anunciando um novo dia.

Só então a lua parte

Em seu cavalo alazão,

Vai cheia de ilusão...

Cheinha de fantasia!

Roberval Andrade Carvalho
Enviado por Roberval Andrade Carvalho em 15/04/2011
Reeditado em 17/04/2011
Código do texto: T2911054