O amor da lua
Chorando pelo boêmio
Pelo cosmos cavalgando,
Pingos prateados derramando,
A lua vai tristonha.
No alazão da noite,
Pingos - Lágrimas de prata -
Cai por sobre a mata,
Sobre a flor risonha.
"Onde estás oh! boêmio?"
Diz em pranto a lua
"Se encondes em que rua
Nesta cidade adormecida?"
A lua ainda não sabe
Que o boêmio plebeu,
Partiu sem canto, sem adeus,
Ontem deixou esta vida.
Finda a noite... amanhece
O galo limpa sua garganta,
Na cerca bate asas, canta
Anunciando um novo dia.
Só então a lua parte
Em seu cavalo alazão,
Vai cheia de ilusão...
Cheinha de fantasia!