Gratidão

Naquela casa ví um pássaro

Era manhã de primavera

Quão bonito ele era...

Quão feia era a gaiola!

Cantava triste a avezinha

Abri-lhe as portas da prisão

Dedicou-me uma canção,

Em vôo feliz foi se embora!

Anos depois perdido na mata

Sem água e o que comer,

Triste faminto a morrer,

Ouví um canto baixinho...

Era o pássaro amarelo

Que um dia dei liberdade

Viu-me naquela dificuldade,

Grato, mostrou-me um caminho.

Encontrei graças ao pássaro

Nos confins daquela mata,

Uma cristalina cascata

Onde minha sede matei!

O doce caminho de casa

A ave mostrou-me a cantar,

No canto dizia "viver é amar"

Bem feliz ao lar regressei!

Roberval Andrade Carvalho
Enviado por Roberval Andrade Carvalho em 15/04/2011
Reeditado em 15/04/2011
Código do texto: T2910795