Gratidão
Naquela casa ví um pássaro
Era manhã de primavera
Quão bonito ele era...
Quão feia era a gaiola!
Cantava triste a avezinha
Abri-lhe as portas da prisão
Dedicou-me uma canção,
Em vôo feliz foi se embora!
Anos depois perdido na mata
Sem água e o que comer,
Triste faminto a morrer,
Ouví um canto baixinho...
Era o pássaro amarelo
Que um dia dei liberdade
Viu-me naquela dificuldade,
Grato, mostrou-me um caminho.
Encontrei graças ao pássaro
Nos confins daquela mata,
Uma cristalina cascata
Onde minha sede matei!
O doce caminho de casa
A ave mostrou-me a cantar,
No canto dizia "viver é amar"
Bem feliz ao lar regressei!