Anjos borboletas(Quando a poesia deseja escapar da alma)

Anjo que nasce em mim

cada vez que a mente dá o estalo

ouve-me bem, sou infeliz se calo,

mais infeliz se te exponho assim...

Se abro a rosa tenuemente rubra

um peito nu aflora-me sutil;

escapa a alma lépida, senil,

bem antes que a realidade a cubra.

Viajam versos, voam em revoada

como azuis borboletas na campina

e é assim, que volto a ser menina

de bem com a alma, vida renovada!