Eco
A Balada à lá francesa faz meu éter,
por hora acinzentado,
contorcer-se numa milonga deveras vaga.
Eco, doce ninfa das palavras duplicadas,
Murmura sob a fenda do meu peito, perdão! Perdão!
E a síntese está no reflexo de seu amado Narciso.
Outra pirueta, mais um gole de desgosto.
O paladar se faz ácido, a língua umedecida
e a voz arranha num desafinado desejo.