Eco

A Balada à lá francesa faz meu éter,

por hora acinzentado,

contorcer-se numa milonga deveras vaga.

Eco, doce ninfa das palavras duplicadas,

Murmura sob a fenda do meu peito, perdão! Perdão!

E a síntese está no reflexo de seu amado Narciso.

Outra pirueta, mais um gole de desgosto.

O paladar se faz ácido, a língua umedecida

e a voz arranha num desafinado desejo.

Luan Silva
Enviado por Luan Silva em 02/04/2011
Código do texto: T2884638
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