Bem assim...
Regateei com a sorte
Abortei minha inocência
Descarte de escuso norte
Me fez refém da vivência.
Não há ninguém pra culpar
Fui meu guia e meu carrasco.
Não posso evitar o asco
De ser gado de manada.
Não importa os burros n´agua
Ainda faço piada.
Cilada nunca me enlaça
Sei o fio da meada.
E tricoto o que me apraz
Não faço fita, resgato
Até o último ÁS
Com meu esmero e recato.
Retrato que houver de mim
Será menos do que sou
E até meu não e meu sim
Farão jus ao que rogou.