ABRO A JANELA

Abro a janela pinga chuva

no meu rosto

o sol está alto, o dia

quente

pinga chuva, molhada

e doce gota

de um alvo e puro

tecido a balançar ao vento

do meio, do dia

com um leve sabor de

suor

que já não existe mais

sabor e som

nos metais de estender

nos símbolos de vestir

nos medos de esconder

sabor, som e cor

madeira e terra

pingam nos meus lábios

e choro

distante e ausente, santo

e sangue quente

no sabor da vida.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 29/03/2011
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