ABRO A JANELA
Abro a janela pinga chuva
no meu rosto
o sol está alto, o dia
quente
pinga chuva, molhada
e doce gota
de um alvo e puro
tecido a balançar ao vento
do meio, do dia
com um leve sabor de
suor
que já não existe mais
sabor e som
nos metais de estender
nos símbolos de vestir
nos medos de esconder
sabor, som e cor
madeira e terra
pingam nos meus lábios
e choro
distante e ausente, santo
e sangue quente
no sabor da vida.