O VIAJANTE

Depois dos ossos

vem o pó

a remoer a angústia

de uma mente viva

que fabricava canseira

Os passos projetam

imagem de um viver

sem foco: as construções

e os destroços

a ladeira e as planícies

as armadilhas caídas

a fuga e o precipício.

A terra treme na memória

do sonâmbulo viajante.

INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI
Enviado por INALDO TENÓRIO DE MOURA CAVALCANTI em 29/03/2011
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