Do enigma...

Se sem mais, só sonho, o instante

Pós trá-la-lás da doidice

Regue o seu caminho errante

De teimosia ou sandice

Auspicie-se um futuro

Devir da réstia luzente

Ao olhar por trás do muro

Seja luz, negro horizonte...

E o céu adjascente...

Num riso farto e carnudo,

Seja alegria vertente.

Quiçá no salto fecundo

Do abismo, rito assente,

Prova de fé no absurdo.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 24/03/2011
Reeditado em 14/03/2014
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