BenditoProfano
Bendito beijo de Eva
Que encanta as turbas sedentas
Que cala as vozes mais densas
Que alegra os peitos tão frios
Bendito nascimento da mulher
Que floresce entre os espinhos das ervas
Que adormece sobre as duras pedras
Sobre a escuridão do arrepio
Bendito suspiro calado
Gemido abafado
Em noites de frio
Da Deusa selvagem que abita o limo do rio
Bendito aspecto profano
Do ser divino que desconheço
E sobre os seu cabelos virgens
O meu corpo eu esqueço