Sonambulismo

Poderia deitar-me

Deixar-me ao sono

E ao despertar

Absolutamente tudo

Seria igual

Dentro de suas diferenças

E neste sono

Seria apenas um homem

De olhos cerrados

Oferecendo poesia

Ao mosquito que me drena

Um pouco de sangue

Não me canso de ti

Detive-me

No verso que te perdi

Sozinho até na multidão

Tuas palavras foram boas

Vieram da felicidade tua

Julgou-me , calculou-me ,

Hipóteses , fatos ,

E uma preocupação moribunda

Que valor teria para mim

A tua nobreza Cintura da Onça ?

Determinação acústica

Rústica terminação

Seguirei da maneira

Mais elástica que puder

O elástico antes de estourar

É borracha

Achas algo ?

De uma seringa

E o mundo inteiro é uma aplicação

Mas há peles

De Acressauros Látex

Que não se penetram

Assim como as mãos de um seringueiro

Guerreiro V da árvore

Chico V Mendes

Chico V Mendes

Chico V Mendes

Chico V Mendes

Chico V Mendes

Afinal sabemos nós

Que um neomilenar

Não tranca seus versos em uma gaveta

Senhor de Melo Neto

Uma questão de liberdade...

Te agradeço por um pouco !

E minha vida é Severrima

Severíssima Severina

Sereníssima que deixei pra trás

Ás da matemática

Assim entendo e domino

Senos e co-senos

É hora do perâmbulo

De algum ângulo sem grau

O sonâmbulo normal

Ritual
Enviado por Ritual em 08/11/2006
Código do texto: T285153