Sonambulismo
Poderia deitar-me
Deixar-me ao sono
E ao despertar
Absolutamente tudo
Seria igual
Dentro de suas diferenças
E neste sono
Seria apenas um homem
De olhos cerrados
Oferecendo poesia
Ao mosquito que me drena
Um pouco de sangue
Não me canso de ti
Detive-me
No verso que te perdi
Sozinho até na multidão
Tuas palavras foram boas
Vieram da felicidade tua
Julgou-me , calculou-me ,
Hipóteses , fatos ,
E uma preocupação moribunda
Que valor teria para mim
A tua nobreza Cintura da Onça ?
Determinação acústica
Rústica terminação
Seguirei da maneira
Mais elástica que puder
O elástico antes de estourar
É borracha
Achas algo ?
De uma seringa
E o mundo inteiro é uma aplicação
Mas há peles
De Acressauros Látex
Que não se penetram
Assim como as mãos de um seringueiro
Guerreiro V da árvore
Chico V Mendes
Chico V Mendes
Chico V Mendes
Chico V Mendes
Chico V Mendes
Afinal sabemos nós
Que um neomilenar
Não tranca seus versos em uma gaveta
Senhor de Melo Neto
Uma questão de liberdade...
Te agradeço por um pouco !
E minha vida é Severrima
Severíssima Severina
Sereníssima que deixei pra trás
Ás da matemática
Assim entendo e domino
Senos e co-senos
É hora do perâmbulo
De algum ângulo sem grau
O sonâmbulo normal