APOCALIPSE
Estão abertos os portais dos céus,
Sobre a telha de nossas cabeças flamejantes,
Pelo sol torturante a carbonizar minha liberdade.
Lâmina rompida em chama ardente onde
Nela será sugada toda bondade,
E expurgado todos os pecados da humanidade.
E sob nossos pés Cérbero,
Guarda os portões do inferno
Na ancia por, entregar a Hades,
As almas a fenecer em lamento eterno;
Pela angústia de seus ínfimos desejos
Antes passados por terra.
A aqueles que em vida
Cultivaram a tolerância
Serão salvos por um cavaleiro
Em seu cavalo alado com selas douradas e,
Armado por um arco de flechas ferventes.
Em uma das mãos, repousa a harpa divina e,
Só quando o mensageiro da luz tocar - lá,
Brilhará até o firmamento uma estrada de luz,
Que ira luzir como os mais puros cristais,
E Deus despertará de seu sono
Para, acolher seus filhos de barro.
Aqueles que ficarem o lamento eterno
E a escuridão do mundo inferior o tomará.
Virá do centro da terra, levantado
Pela cratera exposta no decolar
De um anjo negro e viçoso, a baforada
E a quentura infernal.
De olhos vermelhos e, armado com seu tridente
Molhado pelo veneno
Da serpente enganadora do Éden,
Aquele que é caído arrebatará
Todas as almas teimosas nas
Virtudes de Jeová.
E então estará pelo choro e tortura
Dos pecadores
E, pela paz e alegria dos fiéis,
Instaurado o apocalipse.