Brancaleone Sobre o Cavalo Amarelo
Brancaleone sobre o cavalo amarelo
Excesso de pele despenca pela vala
Ursa atarefada destila, trata com esmero
Refém não queria, juntou-se ao judeu na mala
Iludindo os desgraçados, o paladino
Agita seu chocalho – oh não, mas é uma vaca
Ludibriados, bastava pra evitar o desatino
Enquanto donzela era piranha, é, uma vaca...
Escura estava a cidade, rançosa a galinha
Sem muita pompa, traçaria a mal-amada
Eis que descobre a peste, logo em disparada
Épicos, hercúleos, honorários, magníficos
Até galante – o homem é ser erótico
Fome, moléstia, putrefação, morte, degradação
Creditado tudo a sorte, auxilio d´Ele, em Seu brasão
Grotesco, lúgubre, vicioso, cego
Nesse meio, surge quixotesco o cavaleiro
Adentrando-se aos caídos, aos degradados
Eternos amigos – oh não, esse é leproso
Depois fizeram O Topo, onde o horrível
Tornou-se em arte, mas é conhecido
Que o herói em meio lisérgico aguerrido
Ergueu-se da víscera surreal inteligível
Culminando nos olhos de gerbil
Branca! Branca! Leone!