Leônidas

Leônidas, pós-dinossauro, imerso até seus olhos

Boiava anexo, desgostava do bélico, os outros perplexos

- Não caça! Por toda a extensão, banhado em óleo

Preferia às artes, mesmo pastosas, sem complexos

Acabou expulso, pra que carcaça quando apetece a garça?

Era desgraça, menos agressivo que a Barsa

Partiu a Igreja, mas pra eles devia estar na Arca

Tentou a escola, nevava em amarelo e segundo a Parca

Nesse caso, era preferível esquiar em casa

Foi então que arrotou, vomitou o sal que entornou

Gastrite! Falência Múltipla avante, os rins, delirantes

A pequena esfera vaporizada despertou atenção

A besta verde, alada, surgiu na contramão

Bastava fazer o lobo aquático golfar

Logo o sucesso, entre os bípedes barbados

Móveis, jóias, mulheres, coliformes

A cabeça além do Sol esquentou, arraigada

Perdeu-se em trânsito, livre ali

Retornou ao vácuo, esbranquiçado em verniz

Abateram-no, na falta de concepção

Tornou-se em celular e açafrão