Fulgor escarlate
Oh taça flamejante,
Que pela alma humana derrama sem cessar,
Marcando em seu caminho um rastro horripilante
De agonia, amargura, desejo e pesar
Vejo nesta face algo obscuro,
Tal qual pólvora antes de incendiar.
Adentrando no coração presencio fatos tenebrosos,
Tal qual cadáver que, consumido pelo fogo,
Cinzas se tornará.
Oh fulgor escarlate,
Que flui, fluiu e fluirá,
Segue teu rastro de ódio,
Pois logo, até tu irás secar
Seguro nas mãos um punhado de terra,
E logo só isto restará,
Pois negras nuvens pairam sobre o horizonte,
Avisando que logo, tudo à ela retornará