Fulgor escarlate

Oh taça flamejante,

Que pela alma humana derrama sem cessar,

Marcando em seu caminho um rastro horripilante

De agonia, amargura, desejo e pesar

Vejo nesta face algo obscuro,

Tal qual pólvora antes de incendiar.

Adentrando no coração presencio fatos tenebrosos,

Tal qual cadáver que, consumido pelo fogo,

Cinzas se tornará.

Oh fulgor escarlate,

Que flui, fluiu e fluirá,

Segue teu rastro de ódio,

Pois logo, até tu irás secar

Seguro nas mãos um punhado de terra,

E logo só isto restará,

Pois negras nuvens pairam sobre o horizonte,

Avisando que logo, tudo à ela retornará

Lucp
Enviado por Lucp em 02/03/2011
Código do texto: T2824322
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