Perdições
Perdemo-nos
Todos nos perdemos
Entre regras, suspeitas, erros, desacertos
Cognições incógnitas e incognitivas.
Os que nos conduziam
Perderam-se bem antes de nós
Escondiam
Suportando um sistema irreconhecível
Necessitado de muletas
Sabíamos, mas fingíamos desconhecer
O conhecido.
Alguns mais audazes
Propuseram questões atrozes
Mestre, isso não está correto
Para perder suas ancoras
À resposta insana
Quando se pedia mudanças no esquema.
Outros, muitos de nós,
Baixávamos nossas orelhas
Engolíamos seco, a pulso
E vendíamo-nos
Em nome de papeis, comendas, títulos
Ilusões a se formar em pó.
Amamos ao olhar no olho
tão insano quanto o nosso
de nosso parceiro de travesseiro?
Amamos ao enfrentar o riso
tão sano quanto não aí, não há
de nosso filho que melhor seria não ter sido parido?
Quanto amamos de nossos mestres
E quanto nos transformamos neles
E quanto deixamos de ser nós?
Não é u'a bandeira verde
Com salpicos de amarelo e azul
Não é
Mas é a faixa, amarelada
Dizendo assim
Vergonha
Cobardia
Agonia.
LLima