Ira à Adolescência com Hipopótamo

Com o eletrochoque pastoreava a criatura

Embaixo, as últimas lamúrias

Na cobertura instalou-se imponente

Penosa trilha, antes de tornar-me descrente

Fracasso, nem quadro, nem vaso

Os moldes mitológicos me escaparam

Nem Ifritos ou Kobolds, pouco caso

Ou aquele exemplar galante, não arcaram

Apelei pro alto, um jorro de luz submergiu

Em densas nuvens de desagrado

“Ó, o livre arbítrio deve ser preservado”

Óbvio, não foi a Ele que agrediu

Rodopiei no ar, esvaneci, sucumbi

Como um falso mártir, vivi

Até perceber que devia mais

Desembarcou a montanha no cais

Contrato com o curto pontiagudo

“Selemos, a pomba asfaltada por

Sua Esponja, só não fique imundo!”

E eis que aqui estou, sem torpor

Num último ímpeto, relutei

Mas, era tarde, o paquiderme

Em queda livre sobre o verme

E foi assim que assassinei