O refúgio da arte
Dentro do passado muitas histórias
Muitos ombros, tombos, beijos
Nenhum igual ao outro com certeza
Em caba boca um diferente desejo
Emaranhado de sentimentos
Reais, frívolos, fatais
Quentes, outros frios até demais
Quantas palavras não ditas
Ditas tantas outras mentiras
Não refazer o caminho é impossível
Não pensar no que passou é não viver
Ouvir canções como as nossas é certeza
Indiferente é agora meu viver no vento
Deixo-me levar em pensamento
E vou invadindo espaços que não são meus
Tenho que parar de me mostrar
Esconder novamente meu tesouro
Repartir seria conquistar novamente
E meu passado me ocupa, me faz viva
Me basta saber o que eu já sei
Descobrir mais seria inventar o que não existe
A venda diante de mim se faz concreta
Sigo minha sina dentro de cores que inventarei ainda.