Sophia
Enxergo todo o avesso do teu superficial
Nas insensíveis condições de suas frustrações
Obedeço ao instinto que há no medo das descobertas
E descubro.
Que há um ímpeto e involuntário acréscimo
Que não desdenho
Que não desafio
Que mesmo ou talvez duvide,
Almeje a secreção que norteia os conhecimentos.
Finais de tarde horizontais,
O João-de-barro cantarolando e arquitetando seu ninho
Rede balançando debaixo da mangueira,
A brisa chamejando as folhas
As horas tragando à tarde,
E teus olhos trajando
Variações agressivamente
Suaves,
De duas borboletas vermelhas interiorizando: O mar.
(Nuno Barbalho, 16 de dezembro de 2010/ MACRO)