Não sei que nome dou a minha paixão!




Muitas coisas carecem ter nome
Se não, teremos que apontá-las.
Desatada é minha imaginação,
Numa aflição que não consigo separá-las.

A lágrima que choro agora
Não tem nome.
É mensageira traiçoeira
Que atravessa serra

Vai parar naquele lago,
Deixando-me desabitado.
Tormentoso, desesperado...
Que tira o ânimo.

A lágrima que choro
Não incomoda ninguém não!
Mesmo roçando horta...
Taioba, mandioca e inhame no chão.

Que nome vou dar para esta catástrofe
Que me tem de vencido e me acha
De enxada na mão?

Envelheço numa rapidez assombrosa...
A comida, sei o nome e tiro com a mão,
Mas deste amor eu não sei nada não!
Não sei o nome que dou a minha paixão.

De Magela
DE MAGELA POESIAS AO ACASO
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 18/02/2011
Reeditado em 18/02/2011
Código do texto: T2800352
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