interrogações de labirinto

Andei calando a boca no muro

de tuas letras vazias.

Pelo menos a dor não me acusa

de ainda reivindicar a imanência de tua carne.

Por que inventaram-me

de atribuir calo na brisa

quando sei que de tuas oferendas

cheguei a guardar as margens de tua nervura efêmera?

e quando de ti aprendi que o nada é uma invenção humana

e não das borboletas

em seu milagre de ar?

labirinto