Ludicidade da engenharia poética
Acabou o mel do pote
A pilha do holofote
Pro verso, não achei rima
Desgastada a minha lima.
No ar dou um piparote
Vazio do meu caixote
Dá ninho pra essa cobra
E bobagem sempre sobra.
Ai do pobre e infeliz
Que fica me aplaudindo
A dizer que tudo é lindo
Tem a razão por um triz
Em decúbito eu invento
Faço graça no intento
De cozer um paramento
Para o doido pensamento.
Depois jogo na avenida
De humor, bem guarnecida
Num lampejo suicida
Mas feliz; feliz da vida!