Ludicidade da engenharia poética

Acabou o mel do pote

A pilha do holofote

Pro verso, não achei rima

Desgastada a minha lima.

No ar dou um piparote

Vazio do meu caixote

Dá ninho pra essa cobra

E bobagem sempre sobra.

Ai do pobre e infeliz

Que fica me aplaudindo

A dizer que tudo é lindo

Tem a razão por um triz

Em decúbito eu invento

Faço graça no intento

De cozer um paramento

Para o doido pensamento.

Depois jogo na avenida

De humor, bem guarnecida

Num lampejo suicida

Mas feliz; feliz da vida!

ANJA PERALTA
Enviado por ANJA PERALTA em 10/02/2011
Código do texto: T2784411
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