Balouça o barco nas águas verdes
Balouça o barco azul nas águas verdes
Balouça o pequeno barco azul nas águas verdes
Balouça o pequeno barco azul
Nas águas verdes marinhas
Balança na proa a avezinha
Balouça a avezinha
Emplumada na proa azul
Balouça e balouça esperando
A consumação
A avezinha tremula ao vento
E o vento tremula o barquinho
Desespera-se o pescador,
Seu barquinho pequeno
Seus sonhos pequenos
Seu coração aos saltos
Suas mãos ao alto
Sua vida em contralto
O vento balouça sua angustia
Seus olhos nada vêem
Sua boca medita falas antigas
A avezinha tremula as asinhas
E empluma a cabeçinha e voa
E a solidão cresce no céu e na terra
O vento desespera sem remorsos
E desanda à noite ainda que dia
E o pescador olha a casaria
Olha a terra, olha ao longe
A casa que o espera
Seu amor que ao temor refrigera
Olha os raios que iluminam a meia esfera
E a chuva:
Lava o pescador,
Lava a ferrugem,
Lava meus olhos
Lava a ponta da praia
E escorre na areia, murmurando... Sereia, sereia,
E o fim se achega
E já é possível ver o céu azul
Já é possível ver o horizonte
Já é possível navegar
Já é possível terminar
IMAGEM:
BARCO DE PESCA ARTESANAL NA PONTA DA PRAIA EM SANTOS, AO LONGE VISTA DE GUARUJÁ, É PROXIMO DESTE CAIS QUE MORA O POETA QUE FOTOGRAFOU
FOTO: OLIMPIO DE ROSEH
Balouça o barco azul nas águas verdes
Balouça o pequeno barco azul nas águas verdes
Balouça o pequeno barco azul
Nas águas verdes marinhas
Balança na proa a avezinha
Balouça a avezinha
Emplumada na proa azul
Balouça e balouça esperando
A consumação
A avezinha tremula ao vento
E o vento tremula o barquinho
Desespera-se o pescador,
Seu barquinho pequeno
Seus sonhos pequenos
Seu coração aos saltos
Suas mãos ao alto
Sua vida em contralto
O vento balouça sua angustia
Seus olhos nada vêem
Sua boca medita falas antigas
A avezinha tremula as asinhas
E empluma a cabeçinha e voa
E a solidão cresce no céu e na terra
O vento desespera sem remorsos
E desanda à noite ainda que dia
E o pescador olha a casaria
Olha a terra, olha ao longe
A casa que o espera
Seu amor que ao temor refrigera
Olha os raios que iluminam a meia esfera
E a chuva:
Lava o pescador,
Lava a ferrugem,
Lava meus olhos
Lava a ponta da praia
E escorre na areia, murmurando... Sereia, sereia,
E o fim se achega
E já é possível ver o céu azul
Já é possível ver o horizonte
Já é possível navegar
Já é possível terminar
IMAGEM:
BARCO DE PESCA ARTESANAL NA PONTA DA PRAIA EM SANTOS, AO LONGE VISTA DE GUARUJÁ, É PROXIMO DESTE CAIS QUE MORA O POETA QUE FOTOGRAFOU
FOTO: OLIMPIO DE ROSEH