SE NÃO...
NÃO
Se bem me lembro passou uma carreada de dias,
Onde você pediu-me um dinheiro pequeno,
Coisinha de nada...
Eu não tinha esse dinheiro, que pena...
Pôr estar bem durão,
Tive de falar para a mulher amada
Um simples não.
Raios caíram sobre mim,
Arrasando todo o meu ego:
- Assassino infeliz, safado, ladrão,
Sem vergonha...
Adjetivos impublicáveis,
Agora de ruim eu era tudo...
Não nego,
Que as palavras me faltam, fico mudo,
Mas como dizer sim,
Se a única palavra pronunciável é um não ?...
Passageira paz, algumas horas talvez,
Colocado contra a parede,
De tanto me pressionaR,
Perdi a razão.
Só me restou outra vez,
Depois de me pedir um dinheirão.
Não consegui mentir,
Eu continuava durão,
Sem como de outra forma falar,
Disse-lhe agora um tremendo "nãozão"...
Raios, largatos, largatixas, jacaré,
Caíram impiedosamente sobre mim.
Verdade moenda, rosca-sem-fim.
Tristemente afastado da minha fé...
De alguns minutos, foi a paz duradoura.
Mulher difícil de agradar assim nunca vi.,
Talvez seja as mazelas do passado,
Que a trazem sempre ao meu lado,
Pôr mais que tento agradar,
Sempre sou rejeitado,
Muito embora,
Existem momentos, segundos, que sou amado.
- “Bem aquele “dinheiriquinho”“,
Coisinha de nada
Que lhe pedi, queo uma quantia bem mais "pequenininha"...
Começa de novo outra novela,
Cujos capítulos intermináveis já conheço...
Ela atrás de um dinheirinho,
Vai agitar de novo o nosso ninho.
Continuo o mesmo, como sempre durão,
Não tenho como agrada-la,
A não ser dizendo-lhe de novo um "nãozinho"...
Goiânia, 27 de JANEIRO de 2011.