DROGADOS
Sobre a terra vegetam
Sobre ela Como vermes
Rastejam
Escarnecem a vida
Faz dela uma preguiça
Andam abobados
Dos seus dias são cobaia dos
Vivem da sorte
São linhas de frete da morte
Acomodam – se embaixo
De pontes
Banham – se com água da fonte
O amargo cai em suas bocas
Como doce
Seus dias! É Como se nada fosse
São alvos do desprezo
Suas vidas sem valor – sem preço
Seu eu sou um deles?
- Não!!
Tenho consciência – os pés firmes
No chão
Se eles são culpados?
Não vos julgo dos seus atos!
Esforço – me para ser amado
Sou de mim condutor
Uma paixão do amor
Nem de tudo sou capaz
Mas procuro a paz
Vivo careta
Não quero fazer da minha vida
Uma marreta
Se eles querem viver como insetos
Nos seus dias a dias incertos
Que tenho eu com isso?
Sigo meus caminhos
Trato a minha vida com carinho,
E os drogados?
Não sei, mas vou bem! Obrigado.