ANIMA: MULHER EM MIM

ANIMA: MULHER EM MIM

A anima me força a amadurecer

Ela é cruel comigo, me desafia,

Em todos os momentos, nesta fase,

Ela me empurra e me manda sair,

Para novas descobertas me leva

Animada ela me mandou abandonar minha mãe

Obedeci como débil infante

Interiorizei-me e procurei-a, usei a força

Estou tentando encontrar, mas ela se esconde,

Acusa-me de fraco, quando uso a minha masculinidade,

De débil quando eu esbravejo; ela é sagaz,

Ela é a mulher que me manda e comanda

Mandou-me salva-la do castelo

Fui a sua procura, me expôs ao perigo,

Disse-me que eu precisava de uma auto-afirmação,

Venci todos os guerreiros, passei-os ao fio da espada,

Agora eu possuo a sua intimidade, mas ela é arredia,

Esperei os seus parabéns, ela disse que isso não é tudo.

Gritei! Ela disse: “está de mau humor machão?”

Ela é esnobe, me desanima, maldita anima!

Preciso fazer as pazes com ela, mas não consigo.

Manhosa, delicada, meiga.

Sua força é a minha indignação

Anima me disse: “seja mais forte!”

“Forte na sua alma, não no seu físico”.

Menina mimada é essa mulher dentro de mim

A minha guerra é fazer as pazes com ela,

Feminina, menina, que mora em mim.

Quando encontrar comigo; com ela estarei,

Terei a paz desejada, a meiguice internalizada sem medo,

Farei cartas de amor, poesias contos...

Chorarei despido da vergonha do masculino

Escreverei os cânticos dos cânticos.

Compreenderei que da fraqueza advirá à força,

Anima felina, sensível menina, mulher em mim.