Banho de Vidro
Tem uma montanha em forma de escada
E cada degrau floresce uma tartaruga
Que abre os olhos e sonha com uma fada
Mas esquilos gritam, anunciam a fuga
O céu quebra e nos rios estilhaça
Um barco morre ao oferecer a flor
Para um ruído de chuva na praça
Praça da montanha que chora licor
Escadas engolidas pelo espelho solar
Que refletem subidas, refletem descidas
Refletem os olhos que irei tanto gostar
Mas flechas sem arcos são boas comidas
Comidas por um comedor sem idéia
Em momentos que surgem vagalumes
Na dramática luta, na pequena epopéia
Os olhos que gosto não parecem legumes
Muito alegre e colossal num intento animal
A consagrar as gargalhadas submersas
Animais anjos, espíritos altos do Celestial
Que sopram com doce carinho suas conversas
As coisas vão se modelando num sentido
Um sentido que sentimos
As esferas constituem a pureza
Um sentido que sentimos
As sensações de um sentido
Que sentimos
Amando amavelmente
O alinhamento dos rios que se infiltram no oceano profundo na sincronicidade AQUIAGORA!
La la la...