Talvez o purgatório, mas quem sabe o inferno

Voam brasas a esmo

Ferocidade com nunca se viu

Estranhas criaturas insanas

De um tempo que parece sem fim

Vou tropeçando nos escombros

Ruínas de uma espécie rara

Aqueles que se diziam humanos

Choro. Grito! Ninguém me ouve

Almas se desfazem como pó

Trincheiras de uma guerra sem heróis

Pesadelos que não me deixam só

Acordo num ofegante suspiro

Olho para o horizonte trêmulo

E penso comigo mesmo:

“Preferia meu pesadelo,

pelo menos lá,

eu sabia que não era real.”

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