Talvez o purgatório, mas quem sabe o inferno
Voam brasas a esmo
Ferocidade com nunca se viu
Estranhas criaturas insanas
De um tempo que parece sem fim
Vou tropeçando nos escombros
Ruínas de uma espécie rara
Aqueles que se diziam humanos
Choro. Grito! Ninguém me ouve
Almas se desfazem como pó
Trincheiras de uma guerra sem heróis
Pesadelos que não me deixam só
Acordo num ofegante suspiro
Olho para o horizonte trêmulo
E penso comigo mesmo:
“Preferia meu pesadelo,
pelo menos lá,
eu sabia que não era real.”
http://ebriosdailusao.blogspot.com/