Para todos,
apresento minha defesa.
Sou réu confesso de um único defeito:
em tudo, só vejo a beleza!
 
Sou poeta, senhoras e senhores...

Nas formas dos meus versos,
por vezes infelizes,
mostro muito mais que minhas cicatrizes.

Confesso, também, que em muitas noites,
que não conseguia dormir,
a pena foi minha única companheira.
 
Com minhas angustias,
e, com os meus temores,
sou escravo das letras, de fato.
Nos meus atos,
tudo busco e nada encontro.
 
Minha vida tem sido um livro aberto
com avarias constantes...

Mas, senhoras e senhores,
tenham certeza de que estarei
pronto para receber minha sentença.
 
Somente peço, onde quer que eu esteja,
todos tenham a mesma crença,
o mesmo gosto pela poesia,
que pela vida, deu tanta alegria...
 
Quero também, outro companheiro:
um livro, cuja história seja infinita,
onde em cada página bendita,
eu possa encontrar novas emoções...
 
Não me falte uma folha de papel,
e, uma caneta tinteiro.
 
Por horas, às vezes o dia inteiro,
nela cometerei os mesmos delitos
ao escrever uma nova poesia,
para chegar aos seus corações...



Oswaldo Genofre

(Imagem Google)


Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 08/01/2011
Código do texto: T2716639
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.