Agora nada...

agora nada

a água rasa

a pena atada

à mente parva

o sonho escasso

em nó o laço

e o passo lento

o vento esparso

o grito rouco

ouvido mouco

e a perna bamba

a banda passa

o povo esparsa

o rio prossegue

a marcha finda

e a lua linda

alheia ao mote

à noite, ao norte

nua aparece

e parca prece

de nada fala

calada a sala

vazia a mala

lânguido olhar

estranho ao léu

nem céu, nem mar

em solo a voz

enceno à a vida

canção do após

vela exaurida

à finda espera

e insana lida...

perdidas ilusões

não voltam mais!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 06/01/2011
Código do texto: T2712772