Vazia

Muitas vezes caio para dentro

de um imenso vazio

e espio minha alma de poeta –

e não me avisto.

Meus olhos andam embrulhados

em coisas difíceis –

há sorrisos de flores,

gritos do sol,

acordes de vento.

Já quase perdida,

acerto o chão do verso

como quem regula uma posição

dentro do corpo do relógio.

E a poesia vai sendo enrolada

na obediência de minhas palavras .

Teresa Cristina flordecaju
Enviado por Teresa Cristina flordecaju em 05/01/2011
Código do texto: T2710239
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