Ex abundanctia enim cordis os loquitur.
A lágrima transcende do meu olho
o botão de rosa que esmaguei com gosto
sara logo a ferida pois nao sinto mas o nojo
vomito a bile, ébrio incauto a beira do esgoto.
maldito músculo palpitante, quando ao te ver bate forte feito louco
te condeno a mil anos de clausura, trancafiado dentro desse bojo
a alma. pena de nada, clara chora calada,
esvai, emudece, fica negra, entristece.
escuto um arauto com franqueza!
anunciando um fim inestimável
trago as veste cultas da nobreza
por baixo um poeta infeliz desgraçado.
sem amor! o nobre enterra só a pobreza,
de quem um dia discordou do provável.
siga a eternidade sem a abadessa
recitando sonetos abomináveis.