TARDE D'AMOR
Ó sim, eu te amo, por que não perguntaste logo?!
Lá fora também faz sol apesar dessas nuvens
Embriagadas de chuva!
Há problemas na Costa do Marfim e não há café
Na minha cafeteira sem alça.
Fecho os meus olhos e vejo montanhas
Que não existem nas redondezas onde me cerca
A paranoia.
Fecho os meus olhos e se abrem cortinas dependuradas
No espaço-tempo, onde a gente se vê e não me reconheço
Naquele sorriso e onde brilha um sol de faca que também
Serve para a partilha do pão.
Nas alcovas, guerrilhas se acalmam até a segunda
Ordem do futuro e a normalista rodriguiana
Veste o shorts ao voltar da escola!
Esse perfume não é aquele apesar da mesma flor!...
Na espera de um próximo bonde onde já não passa
Mais bondes, uma chuva me castiga sem respeitar
A presença da luz.
Ângela me traz comida e meus sintomas já são de amor!
Agora um som de Elfos brota daquele jardim e
Um sol de mármore para um Afeganistão...
Ó sim, eu te amo, o seu vestido não disse?!...
A dança de deuses no salão do reino dos céus.
Os ciganos de Utopia e a tarde mágica sem porquê!
Brazões que cantam sem seus escudos e peitos decepados.
A poesia, o parangolê e as cores e flores nas saias compondo
O jardim do amor!
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(http://reinodalira.wordpress.com)