HIBERNADA
Oh; piedade, piedade.
Onde estás que ninguém a encontra.
Se esvaiu
Por entre as águas da podridão do ser...
Malvada donzela de nossos tempos
És você,
Realização a qualquer preço
Do que se pensa ser vida...
Oh; compaixão compungida
A ser ninfa nesses dias.
És bela,
Mas não é o fim nem o começo...
Está em estado intermediário,
Nunca avança;
Adormece esperando o acordar.
Vive hibernada na humanidade!
Oh; tristeza contida
Pelo realizar
Não conseguir;
Leva a bestialidades mil.
Realidade da vida perdida
De pessoas em volta em seu dia a dia.
Ignoram que a piedade
É o real elo de união da sociedade!
Ah; realidade que aflora
Nos corações entristecidos;
Procuram afogar os sentimentos
Nas águas podres de um mundo ufano...
Bom é saber, que pessoas se purificam.
Deixam de beber da água podre
Para beber da água da vida...
Voltando a existir, como essência viva.
(PEREZ SEREZEIRO)
José R.P.Monteiro – SCSul – SP serezeiro@hotmail.com serezeiro@yahoo.com.br