Castelos no ar
o sol amarelo baixa
os olhos dos homens
faz de todos
seres inocentes
a inspiração sorri
sussurra poemas amargos
nos ouvidos surdos
cheios de cera
palavras erguem escadas
subo por cima do muro
espio por um breve momento
a beleza indescritível da vida
tento dizer algo
para as nuvens esparsas
uma brisa refresca a pele
o mundo espera
no supermercado
trabalhadores sem camisa
descarregam um caminhão de batatas
o dia passa