Beleza estranha

a gente tem um caderno

algumas palavras

a gente não sossega

não sou homem de acreditar

sou homem de ver

de voar pela imensidão

queria ter algo para dizer

não tenho nada de útil

sentimentos das pernas

demônios sopram coisas

hálito quente

dentro da cabeça

olhos habituados a mentir

tudo esta aberto a interpretações

a tarde a todos ignora

na ponta dos dedos

poemas começam

acabam

carlos assis
Enviado por carlos assis em 26/12/2010
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