Beleza estranha
a gente tem um caderno
algumas palavras
a gente não sossega
não sou homem de acreditar
sou homem de ver
de voar pela imensidão
queria ter algo para dizer
não tenho nada de útil
sentimentos das pernas
demônios sopram coisas
hálito quente
dentro da cabeça
olhos habituados a mentir
tudo esta aberto a interpretações
a tarde a todos ignora
na ponta dos dedos
poemas começam
acabam