Catre do prazer!
 
Sangra o poema
E o sangue enxágua a Alma.
Sangra a carne da palavra
Que é uma parte sensível
Escorrendo mais que líquido
Mais que fonte, mais que lírico
E torna belo, o maldito delírio...
 
Sangra o poema
Entre as pernas, numa liturgia feminina.
Gota-a-gota, vai criando a poça,
E a rima, que é uma espécie de moça afoita
Se dobra por cima do verbo
Querendo criar uma posição propícia!
Sangra o poema
Em coágulos de melodias e teorias absurdas
E em poucos segundos
Inunda a Alma, em frases tão enxutas
Nascendo entre os músculos, a nova notícia!!!
 
 
 
 
 
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 19/12/2010
Reeditado em 20/12/2010
Código do texto: T2681283
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