Quando a poesia chegar

De ponta cabeça o mundo ficar

Para frente ando

Mas o destino ficou para trás

Lágrimas fracas

Que não caem

Escorrem para dentro

Envergonhadas

Quando a poesia chegar

A dor sairá dos relógios

Minutos se arrastando no ar

Tudo é sempre vão

Céu de capricórnio

Tudo o que eu quero

Não sei dizer

Saiu pela porta

Quando a poesia chegar

No sopro da horas angustiantes

Meu coração irá capotar varias vezes

Nas curvas cor de rosa

Da felicidade

Placas com buracos de bala

Estradas sem acostamento

Deuses que se escondem nos retrovisores

Quando a poesia chegar

Nas asas de um bumerangue

Vou conhecer a lavanderia

Onde Papai Noel lava as roupas

Cheias de fuligem

Depois vou me deitar

E sonhar que com você

Tudo é bom e gostoso

carlos assis
Enviado por carlos assis em 19/12/2010
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