Quando a poesia chegar
De ponta cabeça o mundo ficar
Para frente ando
Mas o destino ficou para trás
Lágrimas fracas
Que não caem
Escorrem para dentro
Envergonhadas
Quando a poesia chegar
A dor sairá dos relógios
Minutos se arrastando no ar
Tudo é sempre vão
Céu de capricórnio
Tudo o que eu quero
Não sei dizer
Saiu pela porta
Quando a poesia chegar
No sopro da horas angustiantes
Meu coração irá capotar varias vezes
Nas curvas cor de rosa
Da felicidade
Placas com buracos de bala
Estradas sem acostamento
Deuses que se escondem nos retrovisores
Quando a poesia chegar
Nas asas de um bumerangue
Vou conhecer a lavanderia
Onde Papai Noel lava as roupas
Cheias de fuligem
Depois vou me deitar
E sonhar que com você
Tudo é bom e gostoso