Rio seco

Todo dia é todo dia

Marcha para o fundo desconhecido

Dentro dos olhos espelhados

A ilusão ferida se quebrou

Um sobre o outro

Pele junto a pele

Carne injetada na carne

Fazendo pó

Todo dia é todo dia

O futuro escala o muro da fé

Escapa das lamentações

Rotina do espinho e da espora

A mão nunca sabe

Corpo suado de desejos

Reino do macho

Terra dos sonhos

A areia escorre no tempo

Lento movimento

Coração batendo vazio

Rio seco no peito

carlos assis
Enviado por carlos assis em 18/12/2010
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