Quimera
Na porta da noite enluarada
Aquilo que não é dor
Alimenta a dor
Golpeia a garganta silenciada
Leve brisa de janeiro
Flutua no ar molhado
Sensação de dessapego
Viver no céu de luzes distantes
Dentro da garrafa de vidro
Mora um gênio sarcástico
Com sabor de frutas e alcool
Faça tres pedidos
Uma serpente ronda o sonho
Venenos correm no sangue
A espada corta pele e carne
Dilacera a esperança e o vício
Saudades dos gritinhos
Farei dos lábios brutos
Não macios carneirinhos
Mas lobinhos sangrentos
Procura do perfeito
Algo impossível
Mero seixo caido num pântano
A morte esta presente
O sol que cresce atrás das dunas
Caravana do inconsciente
O olhar que se perde no horizonte
Enquanto os deuses pedem a sua cabeça