Passo a passo

Nunca me olhe desse jeito

Não quero você decifrando meu “eu”

Desvie o olhar satisfeito

Nem diga que me escolheu

Sou carta marcada

Jogo de azar

Cofre aberto sem nada

Uma amante vulgar

Esqueça meu nome pequeno

Nem tente um dia abraçar

Esse pedaço de gente

Que nem sequer sabe amar

Cale a boca com um beijo

Depois saia e deixe ficar

O que nunca houve

O que nem sei começar.

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 16/12/2010
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