A Queda

Sensações...

A retenção dos passos aproximou-me do início.

Um sinal açambarcou meu curto destino entre os últimos instantes.

Nunca fazendo, de mim, um ser entre os mais distantes,

desses que vivem cambaleantes,

empurrando a navalha contra o fio do indício.

Mesmo assim eu vivo.

Chamei a redundância de “absurda”.

Que venham os canhões.

Sou um inseto introspectivo.

Arranquei minhas unhas arranhando os paredões.

O prego.

A ferrugem.

O olho.

A queda.

No olho... Bem no olho...

O choro.

Sem socorro.

No chão.

Prego no olho.

Prego no olho!

Olha! Prego no olho!

Retina descola...

Sem resposta.

Rafael S P Valle
Enviado por Rafael S P Valle em 18/10/2006
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