Nômade do Saara

Nesse deserto escaldante vivo a andar,

Mas que esse vivo seja um sobrevivo,

Porque a vida aqui não é fácil,

Nada nessa terra consigo plantar.

De lugar em lugar acho sobrevivência,

Mas não sei quanto tempo vou durar,

E até onde posso agüentar,

Só estou aqui, ainda, graças a minha inteligência.

Mas que lugar é este? Será um inferno?

Talvez, quem sabe, já não penso direito,

O coração bate forte dentro do peito,

Porque nessa imensidão, só de noite que é inverno.

Quando anoitece, junto uns galhos,

Com ajuda da técnica primitiva, faço o fogo,

E a fogueira incendeia, e me traz mais alimento,

São os insetos que atraídos pelo fogo, me quebram o galho.

E assim minha pátria se torna o deserto,

Já estou adaptado a muitas dificuldades,

Perdidas e abandonadas, conheci várias cidades,

Sempre permaneço acordado e esperto.

A água é rara, quando se fala do Saara,

Salgada muito tem, doce é que não tem,

Às vezes uso minha própria água pra matar a sede,

No pano velho muitas vezes me arcara para tela filtrada.

Pois bem, muitos dizem que sou lenda,

E falam que um dia existi,

Mas o que não sabem,

É que até hoje estou aqui.

Espero por resgate, alguém que possa me ajudar,

Mas como ajudar uma lenda?

Contanto que ela seja viva, segue, vem e tenta,

Meu nome é Will Taker, muito prazer,

Eu sou o nômade do Saara!

Eduardo B Chaves
Enviado por Eduardo B Chaves em 14/12/2010
Código do texto: T2671250
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