GRAVIDADE
 
Levita dor
Em série contínua,
Pouco adianta
O amor e o vício
Em suspiros de cólera,
Nenhum paraíso
Sopra uma palavra santa!
 
Levita dor
Ninguém evita o cancro
Que é teor do pior assombro.
A ira seguida da fúnebre marcha
No olho de vidro
Do bandido mais sacana,
A perturbação insana
Do espírito dele, corroído e manco!
 
Levita dor
Enquanto o peso retroage,
No lago do tempo perdido
O olho cúmplice flutua no convívio
Da morte, com qualquer paisagem...
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 13/12/2010
Código do texto: T2670230
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