Poema à muitas polaridades irmãs
Monstro de aprendizado e inconstância
Quimera de faces várias e máscaras
Apresenta suas formas mais bárbaras
Sai de sua barreira com certa relutância
O rei aqui não tem reino.
Um rei sem cavalo monta em semelhantes
Se as extremidades não são tão distantes
Ninguém as milhares diferenças no meio
Um interminável soneto
Um coral de milhares de duetos
Luz e trevas
Humanos e quimeras
Já era.
Cuidado rei.
Quando você vacilar, hei
De te derrubar.
Tomar teu lugar.
Meu desejo de quimera.
Cuidado, coisa fofa
Se não te pegar a cuca
Eu te agarro pela nuca
E sua boca nunca mais mofa
Cuidado, mortais
Não são os tais
Destruam o mundo
Destruirei vocês, imundos
Chegará a minha vez.
Cuidado, elos.
Não quero parti-los
Mas sou desastrado
Ou até azarado.
Oi, teto.
Você é tão reto
Por que eu sou sempre tão torto?
Querido diário, estou em um armário
É minha nova barreira
Contra os vivos, uma peneira
Onde só passam grãos loucos.
Cuidado, voz.
Eu sou seu algoz.
Posso ter ficado louco
Mas não quero é ficar rouco.
Rei, queremos gritar que somos doidos.
Permissão concedida para mostrar
Uma quimera trinta e sete fases
Com trinta e sete faces, quem irá responder?
De quem é vez?
Ah, minha... o que sou mesmo?
Vocês devem ser polaridades...
Rei, alguém disse que as polaridades mudam
Não lembro quem.
Rei otário
Autoritário.
Não sou apenas um vassalo.
Sou parte do rei e do reino. Me calo?
Um ralo.
Entra água.
Sai vapor.
Caem cinzas claras.
Sobe terror.
É claro.
Um sono sem sonhos.
Interrompido.
Uns sonhos de quem é insone.
De quem é insano, só pode.
Estampidos.
Tape os ouvidos, rei.
Estou gritando por nós.
Estou estendendo a mão por vós.
Estou tentando conversar com eles.
Eles não gostam de escutar.
Odeiam dialogar.
Mas precisamos sair daqui, às vezes.
Por vezes fico em um estado estranho.
Deve ser mesmo a falta de sanidade
Ou patologia nova e desconhecida.
Só se cura com um sono da noite pro dia.
E o sonho é achar alguém diferente que entenda.
Igual a todo mundo.
Profundo como um sono sem sonhos
Sutil como um javali
Corri por aqui, você estava ali?
Não te acharia por lá.
Você não está em nenhum lugar.
Eu não consigo mais gritar.
Tenho medo - As polaridades podem mudar.
Omni Raitun, o quimeriano. Um misto de polaridades. i(r)mãs
Pois é clarantena, taí uma imagem mais moderna e atual pra você.
Monstro de aprendizado e inconstância
Quimera de faces várias e máscaras
Apresenta suas formas mais bárbaras
Sai de sua barreira com certa relutância
O rei aqui não tem reino.
Um rei sem cavalo monta em semelhantes
Se as extremidades não são tão distantes
Ninguém as milhares diferenças no meio
Um interminável soneto
Um coral de milhares de duetos
Luz e trevas
Humanos e quimeras
Já era.
Cuidado rei.
Quando você vacilar, hei
De te derrubar.
Tomar teu lugar.
Meu desejo de quimera.
Cuidado, coisa fofa
Se não te pegar a cuca
Eu te agarro pela nuca
E sua boca nunca mais mofa
Cuidado, mortais
Não são os tais
Destruam o mundo
Destruirei vocês, imundos
Chegará a minha vez.
Cuidado, elos.
Não quero parti-los
Mas sou desastrado
Ou até azarado.
Oi, teto.
Você é tão reto
Por que eu sou sempre tão torto?
Querido diário, estou em um armário
É minha nova barreira
Contra os vivos, uma peneira
Onde só passam grãos loucos.
Cuidado, voz.
Eu sou seu algoz.
Posso ter ficado louco
Mas não quero é ficar rouco.
Rei, queremos gritar que somos doidos.
Permissão concedida para mostrar
Uma quimera trinta e sete fases
Com trinta e sete faces, quem irá responder?
De quem é vez?
Ah, minha... o que sou mesmo?
Vocês devem ser polaridades...
Rei, alguém disse que as polaridades mudam
Não lembro quem.
Rei otário
Autoritário.
Não sou apenas um vassalo.
Sou parte do rei e do reino. Me calo?
Um ralo.
Entra água.
Sai vapor.
Caem cinzas claras.
Sobe terror.
É claro.
Um sono sem sonhos.
Interrompido.
Uns sonhos de quem é insone.
De quem é insano, só pode.
Estampidos.
Tape os ouvidos, rei.
Estou gritando por nós.
Estou estendendo a mão por vós.
Estou tentando conversar com eles.
Eles não gostam de escutar.
Odeiam dialogar.
Mas precisamos sair daqui, às vezes.
Por vezes fico em um estado estranho.
Deve ser mesmo a falta de sanidade
Ou patologia nova e desconhecida.
Só se cura com um sono da noite pro dia.
E o sonho é achar alguém diferente que entenda.
Igual a todo mundo.
Profundo como um sono sem sonhos
Sutil como um javali
Corri por aqui, você estava ali?
Não te acharia por lá.
Você não está em nenhum lugar.
Eu não consigo mais gritar.
Tenho medo - As polaridades podem mudar.
Omni Raitun, o quimeriano. Um misto de polaridades. i(r)mãs
Pois é clarantena, taí uma imagem mais moderna e atual pra você.