MORADA D´ALMA

As rosas e os ventos

vão com os pensamentos,

voltam a toda hora

e a todos os momentos,

aonde que a alma mora!

Em pávido lampejo

o céu se abre agora,

a manhã em seu bosejo

ao romper da aurora,

aonde que a alma mora!

Brotam do topo cimeiras

a terra sequiosa num hausto,

regadas em charcos, as limeiras,

num grande dia e fausto,

o florão que para ver, lhe implora:

Aonde que a alma mora?

A pedra mais preciosa,

a minha flor tão mimosa,

não vá com o vento a fora

de mãos dadas com a rosa

aonde que a alma mora!

No coração de poeta,

que lhe inspira a sua senhora

a sua luz que chora

de alegria repleta,

aonde que a alma mora.

Um suspiro mágico e pequeno

num dia calmo e sereno,

do lindo sol que faz lá fora

e o devoto que te adora

aonde que a alma mora.

E aquela minha flor alada

que forma o seu próprio destino,

com seu odor divino,

da sinfonia inacabada

que do oriente se escora

uma relíquia escavada,

aonde que a alma mora.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 07/12/2010
Reeditado em 31/03/2013
Código do texto: T2657640
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