Fantasia...

É com grande júbilo que a ti anseio,
Vendo ao longe o fremir das águas,
Mergulha então profundamente,
Trazendo a mim a visão das vagas.

Lanço-me então no mar revolto,
Na gana louca de te encontrar,
E febrilmente braçadas dou.
A ti desejo Janaína.

Emaranhando-me nos teus braços vou,
Num desvario nunca experimentado,
E em minh'alma apenas um desejo:
Daqui a pouco estarei saciado.

Sofregamente experimento um beijo,
Num delírio de amor grotesco.
Permeados numa dança louca.
Ah! Dessa vida eu jamais me queixo!

E numa ânsia de procura insana,
Os nossos corpos se buscam insaciáveis.
Aos gritos e gozos incessantes,
Os nossos momentos são intermináveis.

E num desbragado amor frenético,
Num vai e vem compassado,
Um procurando o outro,
Os nossos corpos já esgotados.

Ó figura grandiosa! És minha!
Em holocausto a ti me ofereço!
Neste aprazível templo santo,
Dedico em vida este inusitado canto.

Posto que o meu momento é como sopro,
Tão fugaz e logo se desvanece,
Quero dedicar todo o tempo a ti,
Ó fúlgido amor que me apetece.
ATILATHOMAZ

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