famintos

Faminto

A paupérrima alma do Espartano

Lança vôo à procura do festato festim

Floresta negra sem lua, invado teus poemas

Carvalhos secos infestados de insetos

Mas nem um verso

Sacia minha gula.

Fome de palavras

Escarnejo sua pele alva de

Sonetos inertes e putrefados

Sem rima.

A lua fogueira celeste não assa

A necessidade do festim

De Dioníso.

Montezuma, aparece

Oferece sacrifícios de carnes

Tenras e jovens

Mas não sacia minha fome.

Quero carne de lua

Quero nervos de escuridão

Quero saciar minha fome

Nas sombras purulentas

Da noturna noite sem sua rainha brilhante.

Tempero minha sede

Quero seu sangue

Engulo minha ousadia.

Espartano, pegua sua espada

Sua mão é forte

Seu desejo é inesgotável

Sobe o vale

Ela

Serena, tenra como

Os beijos proíbidos dos amantes amaldiçoadas

A espera em sua alcova

Arrede os esquelelos e

Banqueteie nesta forma de pecado

Que sacia o fogo incandescente dos desejos

Seu falo é o trindente

E a lua, alva, poética e selvagem

Seu banquete noturno.

Perfura sua pele rosada

Que ela em ti, no seu trindete

Também sacia sua fome?

Menelau
Enviado por Menelau em 04/12/2010
Reeditado em 05/12/2010
Código do texto: T2653552
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