famintos
Faminto
A paupérrima alma do Espartano
Lança vôo à procura do festato festim
Floresta negra sem lua, invado teus poemas
Carvalhos secos infestados de insetos
Mas nem um verso
Sacia minha gula.
Fome de palavras
Escarnejo sua pele alva de
Sonetos inertes e putrefados
Sem rima.
A lua fogueira celeste não assa
A necessidade do festim
De Dioníso.
Montezuma, aparece
Oferece sacrifícios de carnes
Tenras e jovens
Mas não sacia minha fome.
Quero carne de lua
Quero nervos de escuridão
Quero saciar minha fome
Nas sombras purulentas
Da noturna noite sem sua rainha brilhante.
Tempero minha sede
Quero seu sangue
Engulo minha ousadia.
Espartano, pegua sua espada
Sua mão é forte
Seu desejo é inesgotável
Sobe o vale
Ela
Serena, tenra como
Os beijos proíbidos dos amantes amaldiçoadas
A espera em sua alcova
Arrede os esquelelos e
Banqueteie nesta forma de pecado
Que sacia o fogo incandescente dos desejos
Seu falo é o trindente
E a lua, alva, poética e selvagem
Seu banquete noturno.
Perfura sua pele rosada
Que ela em ti, no seu trindete
Também sacia sua fome?