Dentro da alma
Enfeitava-se pondo nos cabelos,
folhas miúdas e rosas vermelhas,
colhidas nos quintias das velhas casas
reconstruídas apóis os temporais.
Havia pequenas estrelas bordadas nos vestidos.
Saía às ruas antes antes do meio-dia,
e distraída, não percebia desejos
deslizando no ar.
Os olhos guardavam lembranças de amores
ocultos na poeira dos desertos.
Um dia, quase ninguém falava da moça.
Os mais curiosos e sensíveis,
ouviam murmúrios, assobios,
e sons de tambores.
O sol iluminava as cortinas,
a moça, filha da aurora,
encontramos dentro da alma.