Dentro da alma

Enfeitava-se pondo nos cabelos,

folhas miúdas e rosas vermelhas,

colhidas nos quintias das velhas casas

reconstruídas apóis os temporais.

Havia pequenas estrelas bordadas nos vestidos.

Saía às ruas antes antes do meio-dia,

e distraída, não percebia desejos

deslizando no ar.

Os olhos guardavam lembranças de amores

ocultos na poeira dos desertos.

Um dia, quase ninguém falava da moça.

Os mais curiosos e sensíveis,

ouviam murmúrios, assobios,

e sons de tambores.

O sol iluminava as cortinas,

a moça, filha da aurora,

encontramos dentro da alma.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 04/12/2010
Reeditado em 04/12/2010
Código do texto: T2652314
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